quinta-feira, 29 de setembro de 2011

XCVI. Dos Hóspedes

Esta vida é uma estranha hospedaria, 
De onde se parte quase sempre às tontas, 
Pois nunca as nossas malas estão prontas, 
E a nossa conta nunca está em dia...

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

XCV. Da Sátira

A sátira é um espelho: em sua face nua, 
     Fielmente refletidas, 
Descobres, de uma em uma, as caras conhecidas, 
     E nunca vês a tua...

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

XCIV. Da Razão

     Que de tolices, talvez, 
     Tem evitado a Razão! 
O triste é que até hoje nunca fez 
     Nenhuma grande ação...

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

XCII. Da Plenitude

Um dia, ao Zé Caipora e ao Zé Feliz, 
Apresentou-se um gênio benfazejo. 
E, para espanto seu, "Eu nada mais desejo..." 
     Cada um lhe diz.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

XCI. Das Inclinações e do Estômago

Se do lado de Deus ou do Diabo te pões, 
     Isto são coisas intestinas... 
No sábado de noite: álcool e bailarinas... 
Domingo de manhã: limonada e sermões...

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

XC. Dos Defeitos Alheios

Do pródigo sorris... "Coitado! é um bom sujeito..." 
Mas o avarento... "Ui! que sórdido animal!" 
     Pudera não! se por sinal 
     Não tiras deste um só proveito...

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

LXXXIX. Da Alegria nas Atribulações

"Olha! o melhor é sorrires!" 
Mas já se viu que lembrança! 
Dá-me primeiro a bonança, 
Que eu te darei o arco-íris.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

LXXXVIII. Da Riqueza

O dinheiro não traz venturas, certamente. 
Mas dá algum conforto... E em verdade te digo: 
Sempre é melhor chorar junto à lareira quente 
     Do que na rua, ao desabrigo.