O espírito é variável como o vento,
Mais coerente é o corpo, e mais discreto...
Mudaste muita vez de pensamento,
Mas nunca de teu vinho predileto.
(1951) A Monteiro Lobato O.D.C. O AUTOR. "Não sejas muito justo; nem mais sábio do que é necessário, para que não venhas a ser estúpido". Eclesiastes, 7, 16.
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
XXVI. Da Mediocridade
Nossa alma incapaz e pequenina
Mais complacência que irrisão merece.
Se ninguém é tão bom quanto imagina,
Também não é tão mau como parece.
Mais complacência que irrisão merece.
Se ninguém é tão bom quanto imagina,
Também não é tão mau como parece.
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
XXV. Da Paz Interior
O sossego interior, se queres atingi-lo,
Não deixes coisa alguma incompleta ou adiada.
Não há nada que dê um sono mais tranquilo
Que uma vingança bem executada...
Não deixes coisa alguma incompleta ou adiada.
Não há nada que dê um sono mais tranquilo
Que uma vingança bem executada...
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
XXIV. Da Infiel Companheira
Como um cego, grita a gente:
"Felicidade onde estás?"
Ou vai-nos andando à frente...
Ou ficou lá para trás.
"Felicidade onde estás?"
Ou vai-nos andando à frente...
Ou ficou lá para trás.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
XXIII. Dos Nossos Males
A nós nos bastem nossos próprios ais,
Que a ninguém sua cruz é pequenina.
Por pior que seja a situação da China,
Os nossos calos doem muito mais...
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
XXII. Da Boa e da Má Fortuna
É sem razão, e é sem merecimento,
Que a gente a sorte maldiz:
Quanto a mim, sempre odiei o sofrimento,
Mas nunca soube ser feliz...
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
XXI. Das Ilusões
Meu saco de ilusões, bem cheio tive-o.
Com ele ia subindo a ladeira da vida.
E, no entretanto, após cada ilusão perdida...
Que extraordinária sensação de alívio.
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
XX. Dos Sofrimentos Quotidianos
Tricas... Nadinhas mil... Ridículos extremos...
Enxame atroz que em torno à gente esvoaça.
E disto, e só por isto envelhecemos...
Nem todos podem ter uma grande desgraça!
Enxame atroz que em torno à gente esvoaça.
E disto, e só por isto envelhecemos...
Nem todos podem ter uma grande desgraça!
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
XIX. Dos Milagres
O milagre não é dar vida ao corpo extinto,
Ou luz ao cego, ou eloquência ao mudo...
Nem mudar água pura em vinho tinto...
Milagre é acreditarem nisso tudo!
Ou luz ao cego, ou eloquência ao mudo...
Nem mudar água pura em vinho tinto...
Milagre é acreditarem nisso tudo!
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