quinta-feira, 28 de julho de 2011

LXXVIII. Da Preguiça

Suave preguiça, que do mal-querer 
E de tolices mil ao abrigo nos pões... 
Por causa tua, quantas más ações 
       Deixei de cometer! 

segunda-feira, 25 de julho de 2011

LXXVII. Da Indiscrição

Passível é de judicial sentença 
O que na casa alheia se intromete. 
Só nos falta é uma lei que aos importunos vete 
A entrada em nossas almas, sem licença...

quinta-feira, 21 de julho de 2011

LXXVI. Da Discrição

Não te abras com teu amigo 
Que ele um outro amigo tem. 
E o amigo de teu amigo 
Possui amigos também...

segunda-feira, 18 de julho de 2011

LXXV. Das Confidências

Quiseste expor teu coração a nu... 
E assim, ouvi-lhe todo amoroso enleio. 
Ah, pobre amigo, nunca saibas tu 
Como é ridículo o amor... alheio...

quinta-feira, 14 de julho de 2011

LXXIV. Do Amoroso Esquecimento

Eu, agora - que desfecho! -, 
Já nem penso mais em ti... 
Mas será que nunca deixo 
de lembrar que te esqueci?

segunda-feira, 11 de julho de 2011

LXXIII. Da Realidade

O sumo bem só no ideal perdura...
Ah! quanta vez a vida nos revela 
Que "a saudade da amada criatura" 
É bem melhor do que a presença dela...

quinta-feira, 7 de julho de 2011

LXXII. Do Objeto Amado

Impossível que a gente haja nascido 
Com os encantos que um no outro vê! 
E um belo dia se descobre que 
Houvera apenas um mal-entendido...

segunda-feira, 4 de julho de 2011

LXXI. Das Penas de Amor

É só por teu egoismo impenitente 
Que o sentimento se transforma em dor. 
O que julgas, assim, penas de amor, 
São penas de amor-próprio, simplesmente...