Suave preguiça, que do mal-querer
E de tolices mil ao abrigo nos pões...
Por causa tua, quantas más ações
Deixei de cometer!
(1951) A Monteiro Lobato O.D.C. O AUTOR. "Não sejas muito justo; nem mais sábio do que é necessário, para que não venhas a ser estúpido". Eclesiastes, 7, 16.
quinta-feira, 28 de julho de 2011
segunda-feira, 25 de julho de 2011
LXXVII. Da Indiscrição
Passível é de judicial sentença
O que na casa alheia se intromete.
Só nos falta é uma lei que aos importunos vete
A entrada em nossas almas, sem licença...
quinta-feira, 21 de julho de 2011
LXXVI. Da Discrição
Não te abras com teu amigo
Que ele um outro amigo tem.
E o amigo de teu amigo
Possui amigos também...
segunda-feira, 18 de julho de 2011
LXXV. Das Confidências
Quiseste expor teu coração a nu...
E assim, ouvi-lhe todo amoroso enleio.
Ah, pobre amigo, nunca saibas tu
Como é ridículo o amor... alheio...
quinta-feira, 14 de julho de 2011
LXXIV. Do Amoroso Esquecimento
Eu, agora - que desfecho! -,
Já nem penso mais em ti...
Mas será que nunca deixo
de lembrar que te esqueci?
segunda-feira, 11 de julho de 2011
LXXIII. Da Realidade
O sumo bem só no ideal perdura...
Ah! quanta vez a vida nos revela
Que "a saudade da amada criatura"
É bem melhor do que a presença dela...
quinta-feira, 7 de julho de 2011
LXXII. Do Objeto Amado
Impossível que a gente haja nascido
Com os encantos que um no outro vê!
E um belo dia se descobre que
Houvera apenas um mal-entendido...
segunda-feira, 4 de julho de 2011
LXXI. Das Penas de Amor
É só por teu egoismo impenitente
Que o sentimento se transforma em dor.
O que julgas, assim, penas de amor,
São penas de amor-próprio, simplesmente...
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