segunda-feira, 30 de maio de 2011

LXI. Dos Títulos do Leão

Ele que é força pura, ele que é puro egoísmo, 
No entanto é o Nobre, é o Justo... é a Sua Alteza o Leão! 
Pois que só um consolo resta à escravidão: 
     Idealizar o despotismo...

quinta-feira, 26 de maio de 2011

LX. Da Interminável Despedida

Ó Mocidade, adeus! Já vai chegar a hora! 
Adeus, adeus... Oh! essa longa despedida... 
E sem notar que há muito ela se foi embora, 
Ficamos a acenar-lhe toda a vida...

segunda-feira, 23 de maio de 2011

LIX. Do Riso

As setas de ouro de teu riso inflige 
À sombra que te quer amedrontar.
Um canto muros erige:
Um riso os faz desabar.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

LVIII. Do Direito de Contradizer-me

Que eu tenha um juízo ab-eterno 
E sempre a mesma opinião? 
Mas por que devo suar no inverno 
Só porque o fiz no verão?

segunda-feira, 16 de maio de 2011

LVII. Da Sinceridade

Tens um amigo que fala bem 
E um cão que nada explica. 
Um jura-te amizade... O outro, porém, 
Seus bons serviços te dedica.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

LVI. Da Compreensão

Uns dizem mal de nós, mas sempre existe alguém 
     Que nos estime, afinal... 
E todo o bem que diz, esse precioso bem... 
     Meu Deus!... como diz o mal! 

segunda-feira, 9 de maio de 2011

LV. Do Espetáculo Desta Vida

Impossível será que melhor vida exista, 
Enquanto o mundo assim se distribuir: 
No palco da Estupidez, para ser vista, 
E a Inteligência na plateia, a rir...

quinta-feira, 5 de maio de 2011

LIV. Do Golpe de Vista

Ah, quem me dera, ante o espetáculo do mundo, 
Sem mais hesitações e sem maior fadiga, 
Esse instantâneo olhar, incisivo e profundo, 
Com que julga a mulher as toilettes da amiga!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

LIII. Das Leis da Natureza

Falar contra as mulheres... 
Que ingenuidade a tua! 
Diz-me, acaso queres 
Ironizar as variações da lua?