quinta-feira, 28 de abril de 2011

LII. Do que Elas Dizem

O que elas dizem nunca tem sentido? 
Que importa? Escuta-as um momento. 
Como quem ouve, entre encantado e distraído, 
A voz das águas... o rumor dos ventos...

segunda-feira, 25 de abril de 2011

LI. Da Inconstância das Mulheres

Deixaram-te por outro... e te arrelias 
Contra esse antigo, feminil defeito. 
Outro refrão, porém, me cantarias, 
Se ela traísse alguém em teu proveito.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

L. Da Amizade Entre Mulheres

Dizem-se amigas... Beijam-se... Mas qual! 
Haverá quem nisso creia? 
Salvo se uma das duas, por sinal, 
For muito velha, ou muito feia... 

segunda-feira, 18 de abril de 2011

XLIX. Dos Pequenos Ridículos

Nunca faças escândalos. Ao menos, 
Visto que tanto ousas, 
Não os faças pequenos... 
O ridículo está é nas pequenas cousas.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

XLVIII. Das Ideias

Qualquer ideia que te agrade, 
Por isso mesmo... é tua. 
O autor nada mais fez que vestir a verdade 
Que dentro em ti se achava inteiramente nua... 

segunda-feira, 11 de abril de 2011

XLVII. Do Exercício da Filosofia

Como o burrico mourejando à nora, 
A mente humana sempre as mesmas voltas dá... 
Tolice alguma nos ocorrerá 
Que não a tenha dito um sábio grego outrora...

quinta-feira, 7 de abril de 2011

XLVI. Dos Sistemas

Já trazes, ao nascer, tua filosofia.
As razões? Essas, vêm posteriormente,
Tal como escolhes, na chapelaria,
     A fôrma que mais te assente...

segunda-feira, 4 de abril de 2011

XLV. Da Sabedoria dos Livros

Não penses compreender a vida nos autores. 
     Nenhum disto é capaz. 
Mas, à medida que vivendo fores, 
     Melhor os compreenderás.